TERAPIA FLORAL

Neste sistema de cura, os remédios florais são agrupados de acordo com o estado mental/emocional do paciente. Essa disposição retrata a certeza de que todas as doenças têm origem em nossas formas adulteradas de pensar e de sentir. Somos nós mesmos, nosso eu mais profundo, que decidimos adoecer, sarar, nascer da maneira como nascemos; e desencarnar da forma como fazemos. A nossa alma está em constante e criativa comunicação conosco, embora na maioria das vezes não percebamos, devido à ilusão que a percepção sensorial nos causa.

Sempre que nos desviamos dos propósitos mais profundos do nosso ser, da motivação que justificou nossa presente encarnação, somos constantemente avisados de que devemos retomar o caminho. Quantas vezes omitimos as convicções mais nobres os pensamentos mais sublimes de amor e insistimos no erro. Se permanecermos na ignorância, percebendo tudo sob um ponto de vista material, então a lição se instala nesse nível, na forma de doenças no corpo físico.

Portanto, se a origem dos males que nos afligem está nas nossas atitudes mentais, nada melhor que agrupá-las, de forma a poder compreendê-las melhor. Dr. Bach adotou essa classificação de acordo com os seguintes estados: medo, solidão, incerteza, falta de interesse no presente, preocupação excessiva com o bem estar dos outros, desalento e super-sensibilidade a idéias e opiniões alheias. As indicações terapêuticas dos remédios são apresentadas pela descrição das personalidades em desarmonia, ou de situações temporárias.

Não devemos nos esquecer de uma das partes mais importantes da filosofia do Dr. Bach, que nos recomenda cuidar sempre de harmonizar a personalidade, não sendo necessário nos ocuparmos em demasia com os sintomas. Estes, por sua vez, devem ser considerados apenas como elementos auxiliares, por trazerem sinais simbólicos da profundidade e da natureza do desequilíbrio.

Seguindo por essa linha de raciocínio, procurou-se então descrever o mais detalhadamente possível a personalidade ou a situação associada a cada remédio floral. Sabendo dos riscos que um tratamento, ainda que natural baseado apenas em sintomas, acarreta ao individuo, Dr. Bach nos ensina que não basta apenas aliviá-lo de certos distúrbios internos se o individuo persiste errando sempre no mesmo lugar. Mais cedo ou mais tarde, a terapia paliativa mostrará sua enganosa face e a pessoa terá que lidar com a mesma lição, num nível mais profundo, denso e doloroso.

Por outro lado, os sintomas físicos não devem ser encarados como um mal em si mesmo, mas como uma linguagem criativa da alma. Os sintomas não são a própria doença, mas apenas seus reflexos. A doença, na verdade, é um erro básico e profundo, que devemos nos esforçar para compreender e sanar.

A doença real é sempre o desamor, que pode se manifestar na forma de orgulho, vaidade, ódio, ignorância, instabilidade, egoísmo, crueldade, ganância, etc. Em qualquer caso, não se deve nunca “resistir ao mal”, mas procurar desenvolver a virtude oposta.

Não é difícil compreender que essa virtude – o amor – nada mais é do que um vigoroso e constante impulso de nossas almas na busca e na conquista eterna do belo e do bom. A cura real só ocorre quando damos um passo na direção do bem.

A base da medicina floral está no reino vegetal, pois este segue sua trilha evolutiva, refletindo sempre o reino humano, porém em total harmonia. As espécies vegetais são personalidades simbolicamente análogas àquelas encontradas entre os homens, pois elas são essencialmente puras. Os vegetais estão realizando suas experiências num estado semelhante àquele que temos quando dormimos e “não sonhamos”, assim, podemos interagir com eles sem que haja dor.

Uma medicina superior não pode de forma alguma agredir outro reino, interromper sua caminhada, pois estaria assim acumulando dividas dolorosas e debilitando suas próprias possibilidades curativas। Por outro lado, as flores representam o estado de máxima expansão da alma vegetal, seu ponto de maior aproximação conosco. A planta “observa” o ambiente por meio dos pequenos brotinhos. Quando percebe que as condições são favoráveis, ela cresce através dos caules, ramos e folhas. Mas quando não é assim, ela desiste e decide “desencarnar” naquele ponto e trocar de ambiente, e então entra numa espécie de crise de expansão e vira flor. Na flor, a planta acorda daquele sono profundo e começa a sonhar, ver e espelhar os homens. Toda a experiência do vegetal fica então ali acumulada, na flor, que constantemente opina sobre a beleza do viver.

Thaís Behring

Terapeuta Vibracional

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